Chamo atenção à apresentação de Andrew Lippman, falando sobre Sociedades Virais e Arquiteturas para o futuro.
O cientista, empresário e professor do MIT acredita que o futuro será determinado pelos estilos de vida e o consumidor terá ainda mais poder para configurar, ao seu gosto, tudo o que é produzido.
Leia a matéria completa, e ouça o podcast (uma aula aos gestores sobre tecnologia e ciencias sociais)
Sobre a palestra, os principais pontos estão listados abaixo:
Sociedades Virais e Arquiteturas para o Futuro
“No mundo wireless, o controle é do usuário e não há mais produtos”
"A sociedade mudou. Vocês ouvem isso demais e há muito tempo, mas a sociedade mudou novamente, e mudou de modo crítico, de tal forma que afeta o marketing e a produção. Não há mais produtos. Existem coisas que fornecemos às pessoas, a partir das quais elas fabricam seus próprios produtos”. (...)
O cientista assinala que Malcolm Gladwell, autor de "Tipping Point: o ponto de desequilíbrio", fez uma grande sugestão em seu livro. Disse que, se alguém queria lançar um café, deveria fazê-lo via degustação em um salão de beleza, onde vão as donas de casa que compram café, e não anunciá-lo num outdoor. “A mensagem, agora, é membership, associação a grupos. Isso já não é mais moda”, afirmou Lippman.
O professor do MIT explicou que o índice de mudança de uma sociedade é função da idade a partir da qual as pessoas têm acesso à tecnologia. Assim, a sociedade, que costumava mudar a cada 16 anos, move-se mais rapidamente, pois as pessoas têm acesso à tecnologia aos três ou quatro anos de idade. Hoje, as gerações mudam quatro vezes mais rapidamente do que acontecia no passado. Isso significa que as coisas que achávamos que eram moda evoluem e tornam-se um elo entre o filho mais jovem e o mais velho. “A mágica é integrar o seu não-produto (pois não há produtos) às redes sociais”, resumiu o especialista.
(...)
Finalizando sua exposição, Lippman afirmou que, no futuro, não haverá produtos, mas arquiteturas. “Nós lhe damos a argila para você construir o sistema” será a palavra de ordem. “O SMS revolucionou a comunicação ao propor que o usuário usasse seu polegar para digitar. Quem imaginaria que isso se tornaria uma moda mundial? O questionamento e a evolução são o que vai tornar essas coisas revolucionárias possíveis”, concluiu o palestrante.
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